

Ler artigos e livros, ouvir falar e assistir filmes sobre o Holocausto é uma coisa. Mas visitar Auschwitz, na Polônia, é completamente diferente. De cara é preciso falar sobre o lugar mais emocionante de todo o campo de concentração: a sala dos cabelos. São 2 toneladas de cabelos de pessoas que morreram ali. O lugar é escuro, mal cheiroso e não pode tirar fotos, mas foi bem ali que a ficha caiu para nós. Aproximadamente 1,1 milhão de pessoas, maioria de judeus, foram mortas em Auschwitz.
Assim como dos cabelos, há salas dedicadas aos sapatos, malas, panelas e outros pertences pessoais. Outro espaço emocionante é onde estão próteses de pernas e braços, cujos donos eram automaticamente mortos ao chegar ao campo de concentração por serem considerados inaptos para o trabalho.
A câmara de gás e o crematório também estão lá, e entrar nestes espaços é arrepiante.
A maioria dos prédios é original e é possível conhecer a sala onde os julgamentos eram feitos, as celas para o corredor da morte, os alojamentos totalmente insalubres e até o muro de fuzilamento, este reconstruído, porque os nazistas destruíram o original para tentar apagar um pouco do que estavam fazendo por ali.
Já havíamos visitado o campo de concentração de Dachau, na Alemanha (clique aqui para ler mais), mas Auschwitz é bem diferente. A principal diferença é quantidade de turistas. Por ano, passam por ali mais de 1 milhão de pessoas interessadas em conhecer os lugares utilizados pelos nazistas para o extermínio de judeus de diversas nacionalidades, poloneses, soviéticos e ciganos.
É possível visitar também a plataforma de trem onde os prisioneiros chegavam e passavam por uma suposta seleção para determinar quem iria para o trabalho ou para a morte.
Por mais que a gente saiba um pouco da história e tudo o que aconteceu naquela época, estar em Auschwitz é chocante, porque o tempo todo somos lembrados do Holocausto e como seres humanos foram tratados.
Com certeza vale a visita, mas só para os fortes.
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